O TEMPLO DE SALOMÃO
A construção do templo
Segundo a tradição esotérica, o "templo" feito, construido por Salomão encerrava, em sua estrutura, algo mais que finalidades esotérico-arquitetônicas;
e vista a personalidade e as afeições do grande rei, é para não duvidar que essas foram suas intenções quando encarregou a obra aos arquitetos do rei fenício Hiram. Os fenícios, como os israelitas, eram oriundos da Suméria, e apesar dos muitos milhares de anos que separavam os dois monarcas mediterrâneos da
desaparecida civilização do golfo Pérsico, algo dos conhecimentos de seus ancetrais devia restar-lhes por via das tradições, ainda que fosse como "superstição" : visto que o subseqüente semitismo, da ciência dos antigos sumérios, não havia sido capaz de entender nem a metade da missa, limitando-se a conservar
delas técnicas e rituais como "MAGIA".
Uma capela privada ?
Em primeiro lugar temos que dizer que o templo salomônico do Senhor de Jerusalém não foi o primeiro nem o único centro de culto de Israel. Mas é bem certo que o Templo foi uma dependência do palácio real do monarca,
uma "capela privada" que naturalmente não pretendia suplantar aos anteriores centros de cultura de Bethel, Shilon, Hebron, Gilgal, Dan e Bersheba, que continuaram exercendo suas funções todavia muito tempo depois do estabelecimento cultural salomônico em Jerusalém.
E consta que até o século VII a.C. não se tentou fazer deste o único lugar onde realizar legitimamente o culto ao Senhor.
Sobre uma rocha do Monte Sião
O emprazamento do templo escolhido por David para construir seu palácio, era a superfície de uma rocha situad no cume oriental do monte Sião(literalmente a montanha da casa), atualmente solar sobre o qual surge a mesquita islâmica de Omar.
Recentes escavações, que levantaram irados protestos dos rabinos "ortodoxos", demonstraram que o terreno contém restos evidentes de cultos megalíticos aos mortos e a "divindades" politeístas.
O palácio de Salomão compreendia um conjunto de diversos edifícios: sua residência, a "casa do bosque do Líbano", assim chamada por seus pilares de madeira de cedro, um pórtico de pilares, o salão do trono e, em outro pátio, uma casa para a "filha do faraó" com a qual o rei havia casado.
A essa foi acrescentada a "casa de Senhor", como uma dependência do palácio, com uma entrada privada desde os departamentos reais, independente da que dava acesso aos fiéis em geral.
Tal como é descrita na Bíblia, sua planta era a de "uma casa longa mesopotâmica" ou templo com vetíbulo(salão largo), nave(salão longo) e "adytum" (sala quadrada). Era retangular o conjunto, orientado de Leste a Oeste, e no pátio central estava o altar dos holocaustos, erigido sobre a rocha viva do solo sagrado
(a sakhra). Ao pátio se acedia por um pórtico ou nártex(ulam) com duplas portas de madeira de cipreste. Diante da entrada, e franqueando-a, havia duas colunas de bronze chamadas Jachin e Boaz, adornadas com motivos de romãs e capitéis, de doze côvados de altura e quatro de diâmetro, evidentes evoluções
das colunas megalíticas situadas à entrada dos templos malteses, e estas dos mais antigos menires espalhados por toda a geografia mundial das culturas dos "povos do mar".
O RECINTO DA ARCA
Na parte interior do alpendre, o lugar sagrado(hekal), de quatro côvados de comprimento por vinte de largura e trinta de altura, ao que se acedia por duplas portas. O hekal encontra-se em penumbra, recbendo luz por uma fileira de janelas gradeadas situadas no alto da parede.
Atrás da nave estava a "sancta sanctorum", istoé, o "dever", no extremo oeste do edifício. Formava este ambiente fechado um cubo perfeito de vite côvados de altura, comprimento e largura. Nele era guardada a "Arca", franqueada por dois querubins de madeira de olivveira, tendo o tamanho de dez côvados
de altura e estando recoberta de ouro. Sua posição era similar a das esfinges aladas que suportava o trono do rei, como é apreciado em um marfim de Megiddo, e as egípcias que com suas asas estendidas protegem Horus menino. O hekal e suas duplas portas estavam decorados com motivos de palmeiras, flores e querubins, todos forrados de ouro, e na sala
eram guardados os candelabros de ouro, a mesa dos doze pães e um altar de cedro, também recoberto de ouro, colocado em frente de uma escada que conduzia ao dever. O santo lugar portanto, encontra-se como um nicho na parede do fundo, disposição habitual na Fenícia para o "quarto do deus" dos templos idólatras.
Pelos lados norte e sul do hekal abriam-se pequenas portas que conduziam a uma escada pela qual se subia aos três pisos superiores do edifício, onde haviam habitações pequenas, tipo celas.
O ENIGMÁTICO "MAR DE BRONZE"
No pátio central havia duas construções muito sgnificativas; o altar dos holocaustos e o "mar de bronze". Este último era uma gigantesca pia de bronze, de 10 côvados de diâmetro, pois era redonda, e 5 de profundidade, apoiada em doze touros, também de bronze,
dispostos de três em três segundo a orientação dos pontos cardeais. Tendo em conta que a pia era de uma só peça, e que o método para obter objetos de bronze era o da "cera perdida", é evidente que os artíficies da obra deviam ser alguns metalúrgicos consumados, procedentes de um país de longa tradição em metalúgia, culturalmente relacionado com os fenícios,
provavelmente íberos ou sardônios, lembrando o alto nível destes dois povos na tecnologia do bronze, a julgar pelos objetos produzidos em suas regiões arqueológicas respectivas.
Calculava-se que o mar de bronze continha uns 45.000 litros de água, e seu significado não tem nada a ver com a explicação que tradicionalmente vem sendo repetida desde os tempos de Flavio Josefo, isto é que era usado como pia para as abluções sacerdotais. O mar de bronze era, nem mais nem menos, que uma representação do Cosmos sumério,
segundo sua teoria do Eab-Zu, explicada no artigo dedicado a esta civilização na mesma obra, e presente, como difusão dela, em todas as culturas megalíticas do mundo. O Eab-Zu era o "espírito sujeitador das energias do caos", o princípio de todas as coisas visíveis e invisíveis, o "construtor" do "átomo primitivo"
que entra em todas as matérias, isto é, do hidrogênio. Eab-Zu era o "Criador do Universo", e o nome do Senhor, como se sabe, não é mais que uma corrupção do antigo nome sumério, segundo a seguinte série de conversões fonéticas semíticas: Eab-Zu, Eav-Zu, Aau-Zú, Yau-Zú, Yahú, Yahué, Yahvé(Senhor). Sua representação mitológica era,
com referência a seu duplo aspecto de antepassado de todas as coisas, inclusive dos homens, associado ao macho cabra-peixe dos acádios e babilônios(o Oanes ou Ea, deus da água vital ou da água fértil) em sua manifestação masculina, e a sereia Dogón em seu complemento feminino. Sendo assim, depois de sua estância no Egito, o Yahú aquático dos seguidores de Abrahão voltou à Palestina
revestido da imagem ofídica que os egípcios, como todas as culturas megalíticas e pós-megalíticas do mundo inteiro, atribuiam aos antepassados, segundo a crença que as serpentes eram as reencarnações dos mortos.
O Senhor, Serpente de Bronze
Acerca desta representação ofídica do Senhor não cabem dúvidas nem poréns: o próprio Moisés foi quem fabricou a "Serpente de Bronze" por mandato do próprio Senhor, para que aqueles que haviam sido mordidos por serpentes venenosas ficassem curados somente olhando a efígie, e essa imagem recebeu culto oficial até que o rei Ezequias a
destruiu no ano 680 a.C., uns 300 anos depois que Salomão edificara seu Templo, pelo qual é de supor que também ela, como o "Mar de Bronze", figurou entre as sagradas representações da divindade na "Casa do Senhor"
As piscinas milagrosas
Quantos aos "mares de bronze" e as piscinas e tanques sagrados, bem próximo da salomônica estava a piscina de Shilon (Siloé), cuja fama milagrosa em seguida tentaremos explicar, mas o fato é que tais construções sagradas não faltavam nunca nos santuários e entêrros das culturas sumério-megalíticas dos povos do mar; recordemos, de passagem,
o célebre tanque sagrado de Oanes em Ur, o de Karnak no Egito, a piscina sagrada de Mohenjo-Daro eo o lago Titicaca dos Urús pré-incáicos, assim como o costume de construir tumbas e sepulcros em cima dos lençóis freáticos ou nas proximidades de rios e lagos, para que os mortos recebessem o influxo benéfico da "água vital"; e não havia água nem subterrânea nem nas proximidades,
então costumavam colocar ao lado do morto muitos recipientes cheios.
Não nos estendemos sem intenção acerca da importância da água nas antigas culturas e civilizações, mas todavia não chegou o momento de oferecer uma explicação na qual esta elemento possa figurar como a chave de todas as artes esotéricas e ciências ocultas, antes e depois de Salomão; Tal chave a descobriremos e usaremos depois de haver tratado de outras peças essenciais que integram a estrutura
básica de todas as práticas mágicas, e quando esse momento chegar a surpresa será desconcertante.
Um altar de bronze
Muita atenção com o altar dos holocaustos. Segundo a descrição de Ezequiel, estva feito também de bronze, e tinha a forma de um "zigurat" de três pisos, cada um dois côvados mais curto que o inferior. A estrutura inteira, estimada em 11 côvados de altura, decansava sobre uma base de 18 côvados quadrado s. Para subir aos três pisos havia uma escada.
Todo o conjunto era chamado "harel", que significava "a montanha do Senhor" igual ao "zigurat" caldeus e babilônios, e as pirâmides pré-colombianas da América. No terraço superior, os parapeitos tinham nos quatro cantos projeções pontiagudas em forma análoga aos apêndices de todos os altares fenícios e palestinos. Os holocaustos eram realizados nesse terraço, considerado a "
morada dos deuses ou forças cósmicas", e a plataforma de rocha sobre a qual descansava o harel era denominada "a entrada da Terra" (o En-Ki dos sumérios). O harel de bronze salomônico foi removido por Ahaz (736-716 a.C.) da rocha central do pátio. Em seu lugar foi erigido um novo altar segundo o modelo de pedra do templo de Hadad (Damasco), e remate da naterior construção, a antiga ara,
uma vez situada no lado norte do terraço, passou a ser o altar privado dos reis, onde estes podiam celebrar seus holocaustos particulares.
Por que o bronze?
Por que o harel ou "montanha do Senhor" do templo salomônico foi feito de bronze, e não de pedra, como o posterior que mandou construir Ahaz, e os anteriores cladeus, babilônicos e fenícios, etc.? Por que os dois menires Jachin e Boaz, também foram feitos de bronze e não de pedra como desde sempre haviam sido feitos? Por que ao invés de construir um
tanque ou piscina, à maneira tradicional, Hiram e Salomão decidiram que era melhor construir o recipiente do "mar" de bronze? Em uma palavra, por que essa preferência no uso do metal?, que segredo era ocultado atrás dele?
A Energia Cósmica
Vejamos. Temos a água, a terra, o ar (pois os sacrifícios e os atos de culto se realizavam ao ar livre, isto é, no espaço contínuo do "céu"); mas nos falta o outro fator essencial: o fogo, o raio, a força energética e cósmica, a radiação que tudo trnsforma. Em uma palavra, nos falta o deus mesopotâmico que os sumérios chamavam En-lil, o vento cósmico, a radiação cósmica.
Pois bem, Salomão e Hiram haviam entendido que o raio descarrega preferencialmente no metal, e que o melhor modo de atraí-lo era "fabricar pára-raios sagrados" capazes de processar sua força. E além disso, não eram de metal os meteoritos procedentes do espaço?; não se esquentam mais os metais que as pedras expostas aos raios do sol? Sendo assim, o raio e as radiações "magnetizam". Vejamos o que acontece com a água.
O sol carrega diretamente de magnetismo a água como a todo outro corpo, e a polaridade resultante será negativa, também o resplendor da lua magnetiza a água, e e polaridade também resultará negativa. Os cristais carregam a água de magnetismo, que emana de seus polos e correspondem a ambas as polari dades. O imã carrega de magnetismo a água, e este emanará de cada um dos dois pólos. A água p ode ser carregada magneticamente
por indução elétrica, seja positiva, seja negativamente, segundo a direção da corrente. Todo corpo que seja submerso na água a carrega de magnetismo positivo. O magnetismo resultante de um processo químico carregará a água com sua polaridade própria. Se fontes tão diversas podem carregar magneticamente a água, será oportunorecordar que nosso organismo é composto em grande parte de água(+/- 75%), portanto o ser humano não seria
mais que um caso especial da magnetização da água.